23 de julho de 2008

Onde os fracos é que têm a vez.

Amigo pra noite, festa e putaria todo mundo tem. E aos montes. O jargão, apesar de batido, é válido. Amigos, os verdadeiros, são os que aparecem na hora ruim. Pior quando esses, que apesar de segurar a bomba, de carregar o piano, não são valorizados. Eduardo Costa, gremista como eu, vai embora. E pela porta dos fundos. Mais um que sai sem a atenção devida. Queria ficar, o Espanyol quer o Léo. Porque não aproveitam pra negociar e ficar com o volante? Sem essa.

É assim agora. Foi com o Sandro Goiano. Com o Gavillan também. Esse último, que deu a vida na Bomboneira, quando a maioria se cagou. Mas apesar disso, não adiantou. Os que se entregam, dão tudo, honram a tricolor, vão embora. Os TUTAS ficam.

4 de julho de 2008

ODONISMO.

E o Roger vai embora, mais um. Leo e Eduardo Costa já eram certeza. Agora, de vereda, outro.

Porque será que não estou surpreso?

Mas não há de ser nada, dirão. Contrataremos um grande jogador. Igual na saída do HUGO, na despedida do DIEGO SOUZA e no adeus do CARLOS EDUARDO.

3 de julho de 2008

Hey, João, me dá um milhão?

No banheiro, na situação que eu jamais imaginaria a gostosa do 33, ainda mais com esse odor, leio meu jornal. E camarada, não é pouca coisa. Tá foda a situação. Se Chucky Norris não perdoa, o vinho doce da noite anterior é ainda pior. Viro a página do diário e ali diz; Mega Sena acumulada, 25 milhões é o prêmio, um recorde. Que beleza. Terminado o trabalho sujo, de banho tomado e já no quarto, liguei a tv. Na tela a moça do noticioso também comenta sobre o super prêmio. É sempre a mesma chatice. É a Megasena acumular e pronto. Lá se vai o repórter rumo a lotérica pra amolar os candidatos a marajá. Casa própria, diz a senhora calejada sobre o que pretendia com o prêmio. Já o motoboy quer viajar e aproveitar a vida. Quando eu olho, acho graça. Tem nego que aposta só depois que o sorteio acumula. Na real todas as pessoas que eu conheço, as que apostam, só fazem com o prêmio acumulado. Como se ganhar 1000 apartamentos ao invés de 4 mil não quebrasse o galho.Vai saber.

2 de julho de 2008

Grenal macabro.

A auxiliar de enfermagem que arremessou o bebê de oito meses pela janela, em Curitiba, foi fotografada na delegacia com uma camisa do Grêmio. Já o corpo da criança, hoje, será sepultado em Colorado, no Alto do Jacuí gaúcho.

25 de junho de 2008

Meus amigos podem.

Acordei cedo, na pilha. Li a Zero e fui pra rua. Na caminhada pela cidade baixa, na calçada, vejo pixado um FORA YEDA. Segui, mas sem antes notar a assinatura. É, agora pixação vem com assinatura. PSOL dizia. Deve ser uma seita naturista, contempladores do astro rei ou coisa assim...

Antes fosse.

24 de junho de 2008

Na zona do rebaixamento.

Droga, deveria ter sido jogador de futebol. Mais um semestre que termina e eu nao consigo terminar. Maldição. No início de 2007 faltavam 4 assessorias - pré-requisitos pra mais uma cadeira, monografia e bingo. Formado. Hoje, 3 semestres depois, das 4 assessorias, ainda faltam 2... Não que eu seja burro, pelo menos não tanto assim. Mas sério, não tem como ir pra aula, não dá. É todo semestre a mesma, absolutamente a mesma coisa. Comunicação interna, externa, diagnóstico dos públicos, colaboradores, responsabilidade social, ambiental e blá, blá, blá... Queria saber qual o lobbista que fez com que Relações Públicas seja curso superior e não técnico? Tem mutreta aí, só pode. Três semestres num Senac da vida já seria mais do que suficiente, acho.

Eu queria ser jogador de futebol e não jardineiro. E o RP é isso, o cortador de grama do estádio. Deixa tudo bonito, aparadinho, um brinco. Tudo certinho pra que no domingo a tarde os outros possam trabalhar. Não demora muito pra algum RP chato venha me alugar, e isso que eu nem falei do coffe brake...

23 de junho de 2008

O meu Brasil brasileiro.

Dois times se enfrentam na Cidade Baixa, 15 minutos ou 3 gols. Quem perde tá fora, entra o próximo. Na praça dos bombeiros todo jogo era mata a mata. Nesse, os sem camisa venceram e o gordinho com a blusa marrom suja de areia saiu. Eliminado, acabou com tudo. A bola é minha, disse antes de ir.

Bom, como o único leitor do blog deve saber, andamos em recesso. Estive de férias, Zóropa diria o Nérso da Capitinga. Na volta, cheguei ao Rio às 5 e tinha de esperar até as 10 da matina pra voltar a província. Cinco horas de espera, que desgraça. O banco duro do aeroporto fazia aumentar ainda mais a saudade da minha cama. Rola pra cá, vira pra lá. Não tinha o que fazer, não tem como dormir no banco gelado do Galeão. E pra piorar, nada pra ler. Nada, nada, nem o rótulo do desodorante que o maldito guardinha do Charles de Gaulle tirou da mochila. Piscou no raio x, pediu pra abrir a mochila e mandou: - This is the problem. E lá ficou meu desodorante de 80 centavos de euro... Depois de muita luta, consegui dar uma cochilada. Quando abri os olhos, me enchi de entusiasmo. Já deve tá na hora, vou embarcar. Mãe, tô chegando!! Que nada, eram recém 8:00.

Fui ao banheiro e na volta vi o estande da Editora Globo. Vi umas revistas, a Época trazia na capa o Casagrande. Tinha mais uma porção de revistas. Com um par delas as duas horas de espera que me restavam passariam num toque. Feito cachorro pidão, do meu banco fiquei olhando. Passou uma senhora e o negãozinho que atendia perguntou. A senhora tá voando de TAM? Após o sim da velhinha ele disse, escolha uma revista de brinde pra viagem. Pensei, é golpe. Que nada, a senhora pegou a revista e seguiu. Ora, também tô de TAM. Quero uma revista, mentalizei. Simulando mais uma ida ao banheiro, passei rente ao estande e bingo - a morena, colega do negãozinho me chamou.

Tá voando de TAM ou VARIG? Após a resposta, a moça explicou que se tratava de uma campanha de estímulo a leitura. Que eu poderia escolher qualquer revista e aparentando ter gostado de mim, abriu exceção. Pode escolher até duas. Tô bonito, pensei. Escolhi e ela seguiu. A TAM é uma das principais patrocinadoras da campanha, mas tem outras. Você possui algum desses cartões de crédito? Ali tinha uma lista imensa de cartões, e sendo assim, claro que eu tinha. - Veja agora se no seu cartão de crédito tem o número 30, pois a Editora Globo - ou a TAM, agora não lembro - está completando 30 anos e se tiver o número você ganha um superbrinde. Brinde e ainda super, eu quero! Tirei na hora o cartão. Quando ela viu, de batepronto abriu uma das revistas. Mais um patrocinador, exclamou apontando o indicador pra contracapa que trazia um anúncio gigante do Banco do Brasil. Eu tava convencido.

Meu cartão não tinha o 30, apenas um três e um 0 soltos, não juntos. Comentei que tinha mais dois cartões. - Então dá uma olhadinha que se tiver você ganha, entusiasmada exclamou novamente. Abri a carteira e nada. Meus 3 cartões tinham 3 e zeros, mas apenas separados. A morena comentou que não tinha problema, que mesmo assim serviria pro brinde. Achei estranho, dificil não ter 3 e zero dentre os vários números do cartão. Mas antes de concluir o raciocínio a menina interropeu pedindo pra que eu escolhesse um livro. Haviam dois, um do Paulo Coelho e outro nem lembro qual era. Fiquei com o segundo, era o brinde. E a moça, muito simpática, continuou. Como eu ia dizendo, essa é uma campanha promocional de estímulo a leitura, com apoio da TAM, do BB e do GOVERNO FEDERAL!!! Ela definitivamente estava animada. Nessa promoção o cliente TAM pode escolher a assinatura de 3 revistas durante dois anos gratuitamente. Três revistas, 2 anos e tudo grátis, que beleza. O senhor arca apenas com os custos de postagem, de 2 e poucos reais. Ó, tem um gasto mas eu quero, ainda tá valendo. Como são 3 revistas, duas de tiragem mensal e uma, a Época, semanal, são 7 revistas ao mês. São só vinte poucos por mês de postagem. Humm, tá bem, titubeante sinalizei. Como um dos patrocinadores é o Master Card, o pagamento é feito via cartão. São 24 meses de postagem só que o cartão aceita apenas pagamento em até 10 vezes. Assim você paga as postagens dos dois anos em 10 meses e pronto. 10 vezes de 59 reais e recebe por dois anos as 3 revistas. O golpe tava dado.

Caí feito pato, perdi igual ao gordinho na praça. Mas ao contrário dele, eu aceitei a derrota. Perdi, ponto pra morena. A bola de antes era o cartão de agora. Mas ao contrário dele, não saí do jogo. Perdi, pronto. Assinei as 3 revistas. Recém tinha chego ao brasil e a malandragem tupiniquim já se fazia presente.

28 de maio de 2008

Conexão, dois latão é cinco.

Domingo, 25 de maio, Porto Alegre - Rio De Janeiro, chegada às 15:50. Rio de Janeiro - Paris, saída 23:50. OPA, rolou uma folga - pensei. Um dia quase inteiro na cidade que juram ser maravilhosa. E olha esse sol, tem mesmo que aproveitar, é descontrole - estimulou o diabinho equilibrista do meu ombro esquerdo. Não Carlinhos, pára. Seja prudente, responsável. Pelo menos uma vez. Melhor esperar, ficar no aeroporto até o vôo sair , contrapôs o anjinho gordinho do outro ombro.
Na foto, em frente ao Engenhão pra Botafogo 1 x 1 Vasco. Segui o diabinho, sempre mais divertido.

24 de maio de 2008

Eurotur - Um analfabeto no velho mundo.

Eu, o rei, o maestro das desculpas, pra variar, arrumei mais uma. Os erros ortográficos e de acentuação aqui encontrados, agora, terão justificativa. Sem nem mesmo saber mandar pro garçom um - por favor, no meu sem cebola - em inglês; vou viajar. Próximo post virá direto de alguma birosca do velho mundo. É o Bafodebuteco na Eurocopa 2008. Que meu chilango espanhol(No MAMES) me salve.

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23 de maio de 2008

João e Alfredo.

Acordo, vou pra sala e ainda zonzo reparo minha mãe boquiaberta frente a televisão. Olho e, que desagradável. Na Rede Tv, o glamour de um casório e depois, lua de mel. Normal, a tevê só passa porcaria mesmo. Não, agora era pior. Era uma união GAY. Segundo a legenda, o primeiro casamento Gay do Brasil. Duas bichonas em plena tarde se agarrando na TV, uma completa desgraça. Que preconceito besta, que mente atrasada Carlinhos. Essa cabeça fechada em pleno século 21...

É, senhor moderninho. Mente aberta, da cabeça evoluída. Do jeito que as coisas andam, se continuar assim, um dia desses teu guri, titubiante e nervoso, ainda surpreende a todos no almoço de domingo com a família: - Pai, tenho que te apresentar uma pessoa. E tu, com o sorriso duma orelha a outra, pensa - guri bom, puxou o pai. - Quem é filho, a Carolzinha do colégio? A Mariana, nossa vizinha? Pai, esse é o Alfredo...

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22 de maio de 2008

Quintas, domingos e feriados.

Merda de dia, dia de merda. To aqui no quarto, e ele tá uma zona. Pra variar, cheguei podre da madrugada. A Cláudia, a moça da faxina, arrumou ontem o quarto. Como não sabe onde fica cada coisa, coloca tudo encima da cama. Cheguei bêbado e coloquei de volta, tudo no chão. O computador já tá esquentando minhas pelotas. Lembrei agora do conselho, me disseram que faz mal. Que a universidade de sei lá onde descobriu que o calor contínuo nessa região faz com que, nao lembro bem agora, mas diz que não faz bem, ponto. Mas como ia resmungando, que merda de dia. Feriado parece domingo e se um domingo na semana é uma merda, dois então... E pior, se são dois domingos, temos duas segundas. Dois domingos e duas segundas, e tudo na mesma semana. Maldição! Tá certo, o dia tá limpo, tá bonito. Mas e daí? Vou fazer o quê? Ver o PÔR DO SOL MAIS BONITO DO MUNDO?!? Piça.

21 de maio de 2008

O Maníaco do Edifício Coral.

Nossa ti achei muito gostosa. O que tu acha de fazer um sexo...

Deixa a resposta debaixo do tapete! depois eu pego!


Segredo por favor!


Tenho 22 anos e to de pau duro!!!


Acima, fielmente transcrito o bilhete deixado debaixo do tapete da vizinha do 42 pelo nada secreto admirador, do 43. A moça deixou o papel aqui com a mãe, síndica do prédio. O guri é reincidente, dia desses agarrou a faxineira no elevador. Antes não deu nada, já agora... O irmão mais velho da moça, a do quarenta e dois, é brigadiano. Daí complica... Tem coisas que parece que só acontecem por aqui. Casará com a moça? Irá preso? Virará ator pornô? Em breve o desfecho da saga, não perca.

19 de maio de 2008

Cervejas e boleiros.

Ontem, do Olímpico, não saí chateado pelo resultado ou pela falta de gols. Apesar de reclamão, não tenho do que me queixar. Não faltou luta, empenho e nem suor. Não faltou vontade ou treinador. Ele não atrapalhou, ontem não. Faltaram os jogadores. Os bons jogadores, nós não temos desses. Os nossos fizeram de tudo, correram, brigaram, suaram e, no fim, não conseguiram. Ontem faltaram jogadores. Cervejas e bons jogadores.

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Onde os fracos não têm vez.

Relutei flores de tempos antes de redigir o que tenho pensado há um, dois anos, pelo menos. O motivo era em consideração pelas graves lesões sofridas pelo atleta, contusões que arruinaram tantas carreiras desde priscas eras, e o gosto pelo estilo vertical, rápido e incisivo demonstrado por Nilmar desde as categorias de base.
O fato é que não dá para jogar para debaixo do tapete conclusões que até Wianey Carlet inferiria bêbado. A gota d’água pode ter até sido a repulsa que o novo corte de cabelo causa em mim. Lamento escrever que Nilmar se transformou em “jogador do 3 a 0”. A habilidade permanece intacta, a visão de jogo é aquela mesma que nos deixa boquiabertos sussurando um surpreendente “ohh”, mas em uma partida complicada, aquelas em que se convencionou que somente os grandes jogadores resolvem, bem, nessas o ex-Golden Boy colorado definitivamente se enclausura em sua inoperância.
A desabalada carreira em direção ao gol hoje é interrompida na iminência de um contato com um zagueiro mais afoito, e causa constrangimento (aos colorados deve originar uma mistura de aflição com raiva) notar que Nilmar nitidamente diminui a passada para evitar o choque, “corre pra não chegar”, diria meu avô, zagueiro do Armour, de Livramento, nos idos da década de 40. O drible mais floreado tem como corolário um chute inofensivo. E a gana pelo gol, que parecia ser a mesma do menino virgem ao profanar seus dedos imaculados numa celebração a Onan, é apenas uma parca reminiscência até mesmo para seus mais leais defensores.

Até quando Abelão seguirá prestigiando a contratação mais cara da atual gestão?

15 de maio de 2008

Dando de leitão vesgo

Após fazer um charminho, cedo e farei algumas breves considerações sobre os pontapés iniciais no Teixeirão 2008.

Em uma rodada repleta de jogos entediantes, a briosa Lusinha protagonizou a partida mais TÚRGIDA de gols, mostrando que os anos de ostracismo – o que tornou o café da manhã nas padarias paulistas mais insosso no período – não ofuscaram seu caráter benevolente e entreguista. Três golos à frente e sob o olhar já meio cansado de suas poucas testemunhas cada vez mais vetustas, o verdadeiro time da Marginal não recuou, não se retrancou, não chamou o adversário para seu campo, e, mesmo assim, o Figueira meteu bucha atrás de bucha e marcou o primeiro de seus quarenta e sete pontos nesse campeonato. Destaque (?) para Nego Cristian, escurraçado por todos os últimos times em que passou, que após reatar timidamente com a rede, passa inclusive a ser alvejado por times da segunda divisão.

À espera da janela de transferência européia, que vai desconfigurar mais ainda os remendos que se transformaram os clubes, o que já se nota é que há muito índio para pouquíssimos caciques. Em outros tempos, times como Figueirense, Portuguesa, Sport, entre outros da mesma IGUALHA, seriam meros coadjuvantes, servindo somente como motivos de chacota quando nosso time rival tropeçava diante deles. Mas em um cenário tão OMINOSO quanto este visto em nossos ralos gramados, não será de se estranhar que algum deles abocanhe uma vaga na Libertadores, até.

Não entendo a razão da gurizada estar atônita com a vitória gremista em pleno Panetone. Anormal será a equipe do ensimesmado Celso Roth não vencer as sete primeiras rodadas para depois ser catapultado para as posições intermediárias da tabela em uma seqüência de trilogias de derrotas, quando Pelaipe, na tentativa de achar uma agulha em um palheiro, estancará o sangramento tricolor com a recontratação de Vagner Mancini.

Desta partida inaugural, o detalhe que mais me importa é sobre a proibição de se vender cervejas nos estádios de futebol (medida mais absurda da história), fato que causou um ÓBICE na tentativa do blogueiro Carlinhos Caloghero fazer do Morumbi o palco da tomada de sua 10.000ª cerveja acompanhando o Grêmio.

Sucedâneo na ausência de Paraná e Ponte Preta, os cavalos paraguaios mais tradicionais, junto com o Goiás, o Coxa Branca promete fazer 80% do total de seus pontos no campeonato nas dez primeiras rodadas. Time azeitado, e com a contratação de Michael, SUPRASSUMO da empresa Guaratinguetá, o baio Coritiba talvez comesse mais capim para armazenar gordura contra o rebaixamento se os tentáculos da Traffic não tivessem seduzido (com olhares gulosos de uma diva que só o dinheiro consegue imitar) sua jovem estrela Keirrison, que, pela amostra da primeira partida, já parece ter começado a usufruir as benesses da fama e esquecido dos rigores do azáfama futebolístico.

De todo o modo, já estava com saudades de ir ao estádio com minhas bergamotas e ver jogos um pouco mais decentes.

Volantes e frevo.

Uma, duas, 3. Estão fora. Fora, isso mesmo. Terminado o sonho. Ele acabou. E do modo mais previsível. Já não é a primeira, nem a segunda. Terceira vez que ficam no caminho pelos pés de ex-volantes tricolores. Dinho, Tinga e Sandro Goiano. Tá certo que o do meio nem mereceria estar junto com os outros dois, mas tenho que citar. O sonho acabou.

Confesso, andei preocupado. Afinal, não há como negar, a década é deles. Igual a de 90 foi nossa, essa é deles. E na comparação, as coincidências até assustam. Eles, nos 90, de cara levaram a Copa do Brasil de 92. Nós também, e ganhamos ainda mais cedo, em 2001. O Goycochea deles é o nosso Tavarelli. O futuro craque Murillo deles é o nosso, eterno novo Ronaldinho, Bruno Soneca. Tudo, tudo igual. Até na política, nas dívidas, nas choradeiras por dinheiro. O Asmuz é o OBINO, o Zachia que traria o
Stoichkov(lembram dessa bobagem?) é o nosso ilustre Paulo Pelaipe de tantos blefes, engodos e especulações. Até os fracassos, o quinzes de novembros e atléticos goianenses de nossas mazelas são os londrinas e remos da vida colorada. Igualzinho, e por isso minha aflição.

Não dá, não entrava na cabeça. Eles não poderiam ter uma década tão épica, tão gloriosa. Um time tão heróico e vencedor. Não poderiam, não podem, e ontem se viu que, graças a deus, não tem. Absolutamente não. Apesar das coincidências, nem dá pra comparar - e aí peço minhas sinceras desculpas pela infâmia. Porque o time do Dinho jamais abdicaria da tradicional tricolor pela camisa alternativa. Nunca entrariamos nesse joguinho baixo da superstição. E também, de forma alguma perderiamos como eles perderam. De jeito nenhum. E ontem, de fronte a televisão, fiquei aliviado. Ah se fiquei. Verdade que os tempos são outros. Temos de nos habituar. Antes eles nadavam e nem a praia chegavam. Ontem, pelo menos, morreram na ilha.

Ps:
Desculpe pelo infame trocadilho, foi mais forte que eu.

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14 de maio de 2008

Gordinho de óculos.

Vendo televisão, digo assistindo e não vendendo - no programa do Jô, além do apresentador, surge outro gordinho de óculos; esse como convidado. Parei pra assistir, afinal não poderia perder o encontro de dois gordinhos de óculos na tevê. Ao lado do Jô, um brasileiro de origem humilde, de muitas mazelas que após atravessar inúmeras dificuldades, com a sorte de sabe-se lá daonde, se dá bem. Fica milionário, dezoito milhões na Mega Sena.

Gordinhos de óculos normalmente são mangolóides, mas esse, meu deus, esse ultrapassou os limites. O cara vai em rede nacional e divulga que ganhou uma bolada na Mega Sena. O que ele tem na cabeça? Tá certo que é bem intencionado, que foi ao programa pra, além de contar sua história, divulgar sua obra assistencialista. O Instituto Matheus Moraes que ajuda crianças carentes em Brasília. O cara é bacana, de bom coração, mas é aí que ele perde. É puro, ingênuo demais. E aqui, no florão da América(?!?), isso não tem vez. Fosse no Canadá, na Suiça, a história - a bonita história daria até filme. Mas estamos aqui e o que provavelmente vá lhe render é um cativeiro em alguma cidade satélite da capital federal. Quantos dias tarda pra ele ser sequestrado? 18, meu palpite.


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13 de maio de 2008

Patentes, picolés e politicagens.

Seguido vou ao centro. Pra me distrair compro um picolé no caminho de volta. Quase sempre faço isso, nos dias de calor, na volta do centro, um picolé. Abacaxi com hortelã o sabor. Meio gay, já sei. Mas é bom. E além do sabor, me faz lembrar do verão, aquele, e das coisas boas que tive nele. E por isso já me acostumei, virou tradição.

Lendo as manchetes de hoje me impressionei. 5 mil banheiros. CINCO MIL. Na China, os comunistas de Pequim agora socializaram os banheiros. 5 mil é a oferta da sede olímpica pra esse serviço. Passaram Nova Iorque, Londres e Tóquio. Uma beleza. Nunca parei pra pensar nisso, não faço idéia de quantos banheiros tem uma cidade e nem mesmo de qual o cálculo banheiros x habitantes pra suprir as necessidades, não tenho a mínima noção. Sei que 5 mil deve ser bom, deu na tv, virou até manchete. Em Poa poderia apostar um Frutilli que não tem mais de 40. Ganharia, acho.

Semana passada, novamente fui ao centro, não tava tão quente, eu não sentia calor. Só que precisava tomar alguma coisa, e por favor, nada de álcool. Tinha bebido muito na noite anterior, sentia a boca seca. Como de costume comprei um picolé. Abri e antes de enfiá-lo na boca, coloquei a embalagem suja na mochila. Isso mesmo, na mochila. Coleciono camisas de futebol e não embalagens de picolé, só que não tenho onde jogar. Não há lixos nas ruas, o mais próximo é sempre o da minha casa. Por isso, na mochila. Já no ônibus, pela janela, a direita vejo as novidades. E estão em todas esquinas. Todas, todas. As novas lixeiras. Novinhas em folha - e laranjas -; uma graça diria minha vó. Quando vi me senti um idiota. Um monte de lixeiras e eu com o papel de picolé dentro da mochila. Só que depois vi, o idiota não sou eu. É plastico de picolé na mochila, panfletos dos panfleteiros no bolso, notinhas na carteira. Sempre assim, nunca tem lixeiras nas ruas. Nunca, porém agora é diferente. Esse ano é especial. Em 2008, Pequim tem Olimpíadas, e agora banheiros. Aqui com as eleições, ganhamos lixeiras.

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9 de maio de 2008

Paragonimus westermani

Figura nociva e insuportável aquela gente que deixa uma parte da cruz que carrega consigo em seu dia-a-dia – chave, moletom, comprovante do jogo da loteca, entre outros apetrechos – nas mesas dos restaurantes sélfisérvissi para guardar um lugar para logo se besuntar em um prato de pedreiro, cheio de gordura e o arroz-feijão-farofa bem misturado (alguma dignidade o elemento deve ter), enquanto vai se digladiar por alguns minutos na quilométrica fila. Nenhum respeito aos que ainda lembram de palavras como senso de coletividade e urbanidade. Os mais desavisados deixam até a carteira para avisar que aquela cadeira já tem uma bunda molenga como dona. No mundo-cão do futebol, temos vários exemplos iguais dessa corja.

Imagino a indignação dos jornalistas esportivos que, naquele emaranhado de fios de microfones, camisas puídas, crediários vencidos e corpos suados que se transforma um vestiário de futebol após mais um bate-coxa, ouvem enfastiados o be-a-bá mais do que conhecido dos boleiros ao irromper um profissional (?) atrasado (que estava entrevistando o responsável pelo teste antidoping ou o sexto reserva da agremiação que, contundido, não joga há seis meses) dando cotoveladas para tudo que é lado, furando a fila da ordem das perguntas e perguntando a MESMÍSSIMA COISA que outro repórter acabara de questionar. Não contente, desfere uma seqüência de oito perguntas sem dar tempo, nem espaço para seus companheiros proferirem uma sílaba sequer. Nós, público ouvinte ou telespectador, à merda o mandamos...

Sinistros também são os “empresários”, donos da bola mundial. O atravessamento chegou a um ponto que um primo de terceiro grau de um desses liga de Porto Alegre pro cara dizendo que o Grêmio está em tratativas com um jogador da segunda divisão da Mesopotâmia, faltando alguns detalhes para acertar a bombástica contratação.

Faltava. O pseudo-intermediário, sem movimentar uma palha e nem sequer tendo um DVD com os melhores lances do pinta, aciona um dirigente tricolor com o qual tenha contato e, voilà, eis o seu quinhão garantido na negociata.

Para encerrar, não encerrando, a série das sanguessugas do futebol, folheio os Classificados e não vejo nenhum anúncio de técnico desempregado à procura de clube para treinar. Pudera. Como abutres, farejam as mesas, ops, os times que estão desocupados, e vão cheio de graça oferecendo-se aos dirigentes camaradas e sem nenhuma noção de planejamento. Danem-se os colegas. Antes mesmo da batida da dança da cadeira ser ouvida pelos dials das rádios AM após a terceira derrota seguida de uma equipe em um torneio, lá está o arauto do aziago procurando em sua agenda o telefone daquele diretor de futebol que o demitiu há uns oito meses atrás...

Torço desesperadamente para que um gaiato afane o dinheiro e todos os pertences que o nefasto indivíduo fura-fila deixou sobre a mesa.

Pena que não há rogo aos céus nem epifania que castiguem seus semelhantes parasitas do esporte bretão.

PS. Não esqueci de de parte célebre dos aproveitadores que habitam o mundo do futebol. Em próximo post, prometo um PANEGÍRICO à raiva que convulsiona o torcedor devido aos centroavantes mandiocas, pontas-de-lança dorminhocos e outros que acreditam que estamos ainda no tempo do WM.

Extrema Unção

Brasileirão 2004, éstréia.
Tavarelli; Michel, Baloy, Claudiomiro e Elton; Cocito, Leanderson, Bruno e Luciano Ratinho; Marcelinho e Christian
Técnico: Adilson Batista

Estréia 2008.
Victor; Leo, Réver e Pereira; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Rafael Carioca, Roger e Hélder; Perea e Soares (Rodrigo Mendes).
Técnico: Celso Roth

A inevitável comparação é pertinente. É, mas assusta. O problema não está em qual das equipes é melhor e sim o quanto desparelhas elas não são. A vantagem do time de agora é mínima, muito pequena, e isso faz com que as perspectivas pra esse ano sejam terríveis. Não há muita esperança. Não temos gerência, treinador e nem jogadores. Um completo desastre.

Deveria continuar a reclamar, argumentos não me faltam. Mas sério, tenho de parar. O time é ruim, a direção é incompetente. Todo mundo já sabe. É chover no molhado, já cansou. Cansei e tô atrasado. Feito um filho sofrido que vai ao hospital doar um pouco do seu alento à mãe com câncer, não continuarei lamentando os cigarros tragados por ela. Não mais. Agora já é tarde. Não há mais tempo pra lamentações. Apesar da derrota ser certa não tenho mais nada que fazer além de estar lá. Vou agora pra não me arrepender depois. Rumo à São Paulo, vamos GRÊMIO.

8 de maio de 2008

"Futebol não é show, é dentro de campo".

Renato Gaúcho, sabe muito.

Joel é Joel. E vice-versa.

Alguma coisa andava errada. Acompanho futebol desde os, deixa eu ver, põe aí 5. Isso, desde os cindo anos e nunca tinha visto isso. Não dá, sério. Não encaixa. Depois de fugir do rebaixamento no nacional, num ganha-ganha maldito, ele, o Joel Cachaça, leva o flamengo pra Libertadores deixando meu Grêmio a ver navios. 2008 campeão estadual e na Copa vinha bem. Classificado, nas oitavas ganha no México do gigante da Televisa. Ganha e bem, de 4. Volta como diriam os jornalistas - virtualmente classificado. Com o time da Gávea rumo ao título da América se despede pra assinar com a seleção da África. O Contrato? Uma beleza, 600 mil ao mês. É, não encaixava, encaixou. Joel é Joel. Não cagou na entrada, deixou tudo pra saída.
Pobres africanos...

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7 de maio de 2008

De mal a pior. Bienvenido.

Bom. Que o blog voltou, os poucos que ainda se animam a ler minhas bobagens já sabem. Mas o que já era ruim, piorará. Sempre buscando pior servi-los, pioraremos. A partir de amanhã não serei mais o único a baforejar neste boteco. Estaremos em dois, eu e Fábio Severo - vulgo paulista. Paulista, jornalista e funcionário público, uma desgraça. Contudo, camaradas, não reclamem. A situação poderia ser ainda mais catastrófica, mas não. Ele não é corinthiano. Pelo menos isso.

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6 de maio de 2008

Si que le gustan los travestis.

Eu era menor, tinha uns sei lá, 13, quatorze anos. Tava ali no banquinho de pedra próximo ao cachorro do Valdemar. O melhor dog da cidade, no início da Getúlio com a Barão do Gravataí. Eu e o Roger conversávamos sobre alguma bobagem quando vejo encostar um carro bem a nossa frente. E não era um carro qualquer. Era um opalão. Não era comodoro, diplomata, era opala mesmo. Dos primeiros aqueles. E amarelo. Bem, bem clarinho, quase branco. Tinha as calotas metálicas estilo viatura americana da década de 70. E com faróis que deixavam um ar de tristeza no semblante do carango. Placa de Bagé e o viajante queria informações.

Dizem que gosto não se discute. Eu discordo, discuto sim. Eu por exemplo, odeio cebolas. Odeio de verdade. Nao gosto mesmo, nem moída, nem frita ou assada no churrasco. E nem me venham com bife acebolado. Não gosto. Mas beleza, não discuto. Entendo que gostem. Mas uma coisa que não entra na minha cachola é o gosto por travestis. E isso sim se discute. Sério, não dá pra entender. Porque se a bichona gosta de homem, fica com homem. Se o cara gosta de mulher, fica com mulher. Se é bi, fica ora com um, ora com outra. Quem sabe até com os dois ao mesmo tempo. Só que um cara de peruca e pinto não dá. Porque daí o cara gosta de mulher de pau. Quer a buceta do piçudo. E isso não existe. É uma pervertida invenção. É o mesmo que sentir tesão por um ET, ou sei lá, querer transar com cachorro. Não tem condição, não dá pra entender.


Cara, eu até já disse no blog. Não banco o xarope, não sou comedor. Não senhor. E nem me faço de humilde. Quem me conhece sabe. E quem me vê não tem motivos pra duvidar. Meu retrospecto é tão comum que há quem possa me acusar de não conhecer mulher. Mulher, mulher. Das de verdade. Das boas, as melhores. Capa de revista, novela, desfile de moda. MULHER. E eu não contestaria, teria de aceitar. De fato não conheço dessas mesmo. Acho que não. Mas se tem um que conhece é ele, o Ronaldo. E quem conhece, camarada, não se atrapalha. Não tem como se enganar. Até eu que não conheço não me engano. E ele deveria ser humilde. Craque que é, tinha que matar no peito e admitir. Feito o Gaudério do opalão de Bagé que chegou e perguntou, essa é a Getúlio Vargas? Respondi que sim e ele naturalmente questionou: -Tchê, que horas que começa a movimentação dos travestis? Sabe como é, pra conhecer... Lá na estância não tem disso, concluiu. Respondi que achava que mais tarde, era dia ainda. Ele olhou seu relógio, pensou e desapontado seguiu seu rumo. Acho que assim como em Bagé, Milão não tem travesti. Sabe como é, o Ronaldo só quis conhecer.

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1 de maio de 2008

Aonde estão, ninguém as vê.

1999, era quinta-feira. Quinta e cedo, bem cedo. Saio das cobertas, com frio e ainda zonzo visto minha calça de abrigo cinza. Combino com o moleton da mesma cor, escovo os dentes, lavo o rosto e caminhando saio rumo ao colégio. Tempos bons, segundo ano. O mais divertido. Na porta da escola a irmã Silvia com o sininho recepciona os alunos. Todo dia era a mesma coisa. Despertador, uniforme, sininho da irmã Silvia e aula.

Na quarta feira anterior a cidade tava estranha, diferente. O clima era outro, e não por conta do El Niño. Era dia de jogo, dos grandes, dos decisivos. O revanchismo estava no ar, era esse o sentimento dos sei lá, arredondando generosamente por cima, dos 35% da cidade. Na aula alguns colegas planejavam cada detalhe daquela futura desforra. Comprariam sinalizadores no Bazar Bahia. Pintariam os rostos, e entusiasmados com suas bandeiras, de Kombi com o pai do Hernan, iriam pro jogo.

De volta. Quinta, fardado pra escola desci do prédio. Nem lembrava da histórica noite anterior. Na calçada da Getúlio vejo uma bandeira. Era simples, dessas de plástico mesmo. Mas me fez lembrar. Agarrei-a e pendurei na mochila. Deus, era certo. Eles iam pra final da Copa do Brasil, pra Libertadores. Pra Tóquio!!! Não foram. Juventude 1, 2, 3 e quatro. E num Beira Rio lotado. Que diversão. Poucas vezes a ida pra aula foi tão boa, poucas. Cheguei atrasado. Na porta, tava lá, como sempre a irmã Silvia com seu sininho. Entrei e subi direto, tava ansioso. Na aula vi eles. Num canto, isolados. Abatidos, como se formassem uma seita, organizados no grupinho fechado. Passaram semanas assim. Não se misturavam com os demais. Tiaguinho, Robinson, São Judas, Leco, Fernandinho e mais uma, a Luciane. A única triste, a única menina na tribo dos fracassados. A única que sentiu na pele, tinha ido ao jogo. A única. Os tempos eram outros.

Já agora, vejam só. No MSN, os nicks, os mais apaixonados são delas. "Vamo meu Inter", isso mesmo, na cara dura chamam de "meu" . Outras mandam o bordão "nada vai nos separar" e algumas ainda ousam cornetear o tricolor. Ora gurias, me digam. Aonde estavam na eliminação pro Londrina? Ceará, América Mineiro, Remo, Fortaleza, Juventude... Onde se escondiam dos frangos do Goycochea e dos gols contra do zagueiro Marcão? Das trapalhadas do Zachia e das dívidas do finado Amoretti?? Jogaram aonde as camisas antigas? Umbro, Rhummel, Adidas, Topper. Cadê???? Sério, colorada só a Luciane. Só conheci essa.

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29 de abril de 2008

Perfex.

Atrasado, cheguei correndo ao Olímpico pra acompanhar o desfile. De longe vi a miss com a camisa branca. Achei legal. Camisa bonita. E a moça bem gostosa. Em seguida apareceu a tricolor. Listras finas, um tricolor simétrico. Tri também. Nas costas, o tricolor poderia seguir até a barra. Mas vá lá. Não vou ser o do contra, bancar o chato. Logo terminou o desfile. Tá aí, vou comprar - pensei. Fui um dos primeiros a entrar na Grêmio Mania. Vi a moça colocando as primeiras tricolores nas araras. Aumentei o passo, cheguei perto e agarrei o cabide branco com a camisa. Só que quando vi, meu deus. Eu sabia, tinha certeza. Não teve mangas 3/4 e nem camisa rosa. Mas era certo, tinha que ter alguma pegadinha.

A primeira vista, uma camisa.
De perto, PERFEX.

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Nova camisa.

Daqui a pouco sai a nova camisa do GRÊMIO. Ai, ai, ai. Já inventaram a titular com uma manga azul e outra preta. Já acabaram com a simetria da tricolor, diminuindo a listra preta em relação a azul. Camisa de treino amarela, depois verde. E hoje sai a nova coleção. O que será que aprontarão dessa vez? Se a tricolor não vier com mangas 3/4 e a de treino não for rosa, já estamos no lucro.

Nossos bizonhos são menos bizonhos que os bizonhos dos outros.

Voltaria a fazer gols? Resolveria as carências do ataque? Daria a volta por cima? Não. Sem chance.
Mas se eu quero que ele volte? Claro. Sem nenhuma dúvida. E não tem nada de controverso aí. Não mesmo. O papo é que se ele não voltar, trarão um bizonho qualquer. E bizonho por bizonho, fico com o nosso. JARDEL 16.

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