15 de maio de 2008

Volantes e frevo.

Uma, duas, 3. Estão fora. Fora, isso mesmo. Terminado o sonho. Ele acabou. E do modo mais previsível. Já não é a primeira, nem a segunda. Terceira vez que ficam no caminho pelos pés de ex-volantes tricolores. Dinho, Tinga e Sandro Goiano. Tá certo que o do meio nem mereceria estar junto com os outros dois, mas tenho que citar. O sonho acabou.

Confesso, andei preocupado. Afinal, não há como negar, a década é deles. Igual a de 90 foi nossa, essa é deles. E na comparação, as coincidências até assustam. Eles, nos 90, de cara levaram a Copa do Brasil de 92. Nós também, e ganhamos ainda mais cedo, em 2001. O Goycochea deles é o nosso Tavarelli. O futuro craque Murillo deles é o nosso, eterno novo Ronaldinho, Bruno Soneca. Tudo, tudo igual. Até na política, nas dívidas, nas choradeiras por dinheiro. O Asmuz é o OBINO, o Zachia que traria o
Stoichkov(lembram dessa bobagem?) é o nosso ilustre Paulo Pelaipe de tantos blefes, engodos e especulações. Até os fracassos, o quinzes de novembros e atléticos goianenses de nossas mazelas são os londrinas e remos da vida colorada. Igualzinho, e por isso minha aflição.

Não dá, não entrava na cabeça. Eles não poderiam ter uma década tão épica, tão gloriosa. Um time tão heróico e vencedor. Não poderiam, não podem, e ontem se viu que, graças a deus, não tem. Absolutamente não. Apesar das coincidências, nem dá pra comparar - e aí peço minhas sinceras desculpas pela infâmia. Porque o time do Dinho jamais abdicaria da tradicional tricolor pela camisa alternativa. Nunca entrariamos nesse joguinho baixo da superstição. E também, de forma alguma perderiamos como eles perderam. De jeito nenhum. E ontem, de fronte a televisão, fiquei aliviado. Ah se fiquei. Verdade que os tempos são outros. Temos de nos habituar. Antes eles nadavam e nem a praia chegavam. Ontem, pelo menos, morreram na ilha.

Ps:
Desculpe pelo infame trocadilho, foi mais forte que eu.

Marcadores: , , , ,