30 de julho de 2007

Noite dos Mascarados.

Acordado, insônia. Aquele climinha de domingo, sempre tive isso, desde o colégio é assim. Domingo não dá, não arrumo jeito de dormir. Ligo a tv pra ver se encontro alguma coisa, tentativa frustrada. Nada, nada na telinha. Nem a vitória do Grêmio pra rever já que empatamos... No fim faço como todo mundo, na dúvida a tevê fica no doze. Deve ser por isso que eles sempre lideram a audiência, mas enfim... Terminando o tele domingo a moça, a apresentadora do programa que por algum tempo morava aqui perto, anuncia o que viria. Uma superprodução da província, a estréia da Série Escritores. Deixei ali, fazer o que? Começa o episódio. De mau humor, sem sono e quase que contrariado deixo ela ligada decidido a acompanhar a trama. Fato que nesse momento o televisor carrega minha audiência. Azar, vai que eu curto, vai que é bom? Que nada, ô deprê. Narrativa pausada, pessimista. Cenas curtas mas cansativas, que tardam a passar. Um clima bucólico, decadente. Um enorme esforço pra parecer de veras artístico. Alguns lances que TENTAM surpreender a partir de alguns vícios de linguagem herdados do pornô-xanxada como um "Tu negou fogo", "broxou", de imediato respondido pelo gordo com um "tu que não sabe rebolar direito" gesticulando feito um cafetão de puta pobre. E pra finalizar o clássico final vago, vazio, pra dar aquele ar de chapolin no clima tipo só-os-inteligentes-podem-ver. Pára.

Depois, pra piorar, descobri que tinha outro episódio. Nesse um banana como protagonista. Se havia alguma possibilidade de assistir o segundo ela se foi logo no início, quando vi o personagem. Um mangol que se sente incomodado por se sentir tentado por uma gostosa. Contudo só sente essas "súbitas" e "estranhas" sensações quando o carnaval se aproxima. Ao invés de assistir, inventei de escrever, afinal o blog nunca andou tão jogado as traças. Finalizando as primeiras linhas, entre uma coca cola e outra, na verdade pepsi, num relance olho pra esquerda e na tela aparece o mangol esse fantasiado pegando um sapato pra completar seu traje carnavalesco, de travesti. Francamente...

13 de julho de 2007

Clube dos canalhas.

Grande merda que hoje é o dia Mundial do Rock. Como já disse outra vez, não tenho apego a essas datas. Na real elas só servem pra justificar,e(ou) estimular alguma atitude, comportamento. Mas de todos modos tá aí uma banda que o blog se identifica.



Pensando bem, uma boa data. E só um idiota completo morre de tédio.

11 de julho de 2007

It's very nice pra xuxu.

No silêncio alguns pensamentos em voga. Maldito povinho.

Na rua de madrugada num frio de trincar os tornozelos escuto o apito do segurança - desses que fazem ronda nas ruas, aqui na conexão cidade baixa-menino deus tá cheio dos tais guardinhas. Meu amigo comenta sobre o quão foda é o trampo do cara que na rua apita. Realmente, madrugada, frio e em pé na via não seria lá meu programa, digo trabalho, favorito. Mas isso a partir da minha perspectiva. Quando pensei nessa condição, na perspectiva, um plim! Maldito povinho.

Lembrei de pequeno, de quando vivia no lado bom do Menino Deus. Na Getulio, da Ipiranga pra lá. Uma tia, madrinha, bizavó, sei lá o que era, mas sei do que me perguntou durante o almoço. Aqueles de domingo com toda a parentada - na verdade diante da sobremesa, me questionou sobre o futuro. A senhora me olhou e com o talento que só aquela parente que te vê uma vez ao ano tem de te constranger perante a todos, arregalando os olhos, fazendo com que eles triplicassem de tamanho por detrás das lentes mandou a clássica: - Olha o Carlinhos, cresceu. Já é um moço, quase um homem, tá bonito... Larga minhas bochechas, queria ter dito mas continuei calado e ouvindo. Tem namorada na escola? Puts, ela tinha dito namorada e pra piorar completou com escola. E tudo isso na mesma frase. Nessa época, com menos de dez anos, tudo as duas palavras que eu mais odiava somadas a "Inter" eram exatamente essas. Namorada e escola. Como de esperado não tinha a tal "novia" e apesar da resposta, não satisfeita, ela continua. E quando crescer vai ser o que? Já tem de pensar no futuro pressionou a velha. Nessa hora, quando escutei crescer e futuro, pensei; jogador de futebol, policial, bombeiro, piloto... Não, nada de piloto, era motorista. Isso mesmo, motorista de avião. Dividi, confidenciei meus planos e ela sorriu, ironicamente me olhou e riu. Bom, suspirando disse ela. Se fores militar, no caso bombeiro ou policial, que seja oficial, se deus quiser ainda rogou ignorando absolutamente as duas outras opções. Maldito povinho rogo eu.

To na rua e vejo um cara trabalhando de segurança. Pega mal, é feio. Até sofremos por ele. Ninguém quando criança sonha com isso. Não é o orgulho do pai, não estufa o peito quando fala da sua profissão. Um absurdo, porque não? O cidadão não pode ser feliz no anonimato? Pra que a necessidade de aparecer? O guri não pode ter o sonho em ser policial? Não quer ser coronel, não pensa no status, estrelas, tapinhas nas costas. Nada disso, ele quer é prender ladrão, apontar a arma e gritar P-O-L-Í-C-I-A, e sem se esquecer do clássico "você tem o direito de ficar calado... O sonho de super herói. Não pensa em mercedes, nessa hora não sonha com as siliconadas, é ele e o sonho, só.

Chego na festa e lá está ela. A moça mais produzida e os paspalhos que a rodeiam. Pozuda, de família, essas com sobrenome cheio de consoantes. Olho e me aproximo, puxo assunto. Iniciei me esforçando pra romper a impressão arrogante que transparece. Pra surpresa geral ela não ignora, corresponde e dentre outras coisas me pergunta o que faço. Garçom, respondo. Mas já fiz de tudo, faxina, pedreiro... E quando pra muitos ali terminaria minha saga, contrariando o provável, pra surpresa geral ela me dá bolas. Me dá moral. Nada de mais, normal. Apesar de garçom, vigilante ou faxineiro, sou bacana, sou legal. Trabalho sim, sou gente simples mas não aqui Zé Mané. A faxina é em LONDRES. Ahhhh bom, tudo explicado. NICE, very nice diria o Borat. Maldito povinho.

6 de julho de 2007

Político pirata.

Ô politicagem. Eu, embora tricolor doente, não sou dos que creditam mérito de salvador ao nosso presidente ODONE. Não mesmo. Já sei que ele pegou o GRÊMIO na série B, que recolocou o clube na elite do esporte bretão nacional. Também que reconquistou a hegemonia da província e até à libertadores chegamos, ufa - fugi de mais um "ou" com o "chegamos" ao invés de "nos levou".

Ano de 2005 e o clube desmantelado. Rebaixado, sem dinheiro, jogadores, sócios. Nada, nada. Graças ao meu nada estimado OBINO, uma completa desgraça. No entanto a decadência não se fazia presente apenas no clube. Vejam bem, um relés vereador, um deputado não eleito. Político renomado com carreira em vertiginosa queda. Essa era a realidade do nosso presidente.

Apesar de por vezes mau humorado, pessimista e de bancar o do contra, não serei louco de criticar nosso ilustre mandatário. Há que admirar, levantar e aplaudir. Afinal coragem e competência não lhe faltaram. E essas virtudes - coragem e competência, DIZEM ser das mais louváveis. Só que na hora, dois anos atrás, o Grêmio foi a oportunidade da vez, ou vai ou racha. Bem, excelente, espetacular que foi, por fim não rachamos. Odone reergueu o GRÊMIO e sua carreira. Inclusive parece que virá forte pra prefeito. Colherá frutos devido ao seu bom trabalho prestado e a sua história no clube. Mas e o Britto? Fez o que? A única coincidência entre ele AGORA com o ODONE de antes é a decadência. Sério, era só o que faltava. Ô politicagem...