Fuscão preto.
Passadas as cervejas de litro da capital uruguaia, os banheiros com latrinas dos bares, o frio congelante do estádio centenário, já de volta a Poa, fiquei de cara, mordido. E ao contrário do que pode parecer, minha insatisfação não é com o time, não mesmo. Mas sim das críticas que ele sofreu.
Meses atrás, talvez anos, voltando da Hd, o Rafael magrinho, ponta direira do nosso scrach, comentou sobre a volta pra casa. Ele tava sem carro, então voltariamos de carona com seu tio. Saímos da quadra e lá tava ele esperando. Quando vi não acreditei, o cara era muito personagem. Baixinho, barrigudo, de brim e chinelo, pro Mazaroppi só faltou a pasta. Sem telha encima, cabelo nos lados, penteado ao melhor estilo José Trajano, só que de mufa maior, bem maior. Muito engraçado, uma figura. Apesar da graça, muita, seguimos. O tio dele, que infelizmente não lembro o nome disse pra esperarmos ele buscar o carro. O Rafael, com tom de ironia me largou um " só espera". Seguindo as instruções, aguardei. De repente um barulho ensurdecedor interrompe o silêncio da rua. Parecia um helicóptero e dos grandes, mas não. Quando vi, na hora pensei, tão de pegadinha, isso não existe. É filme de comédia? Cadê as câmeras, o contra regra? Aonde está o Chong. O que fizeram com o Cheech? O tio vinha num Fusca 68 todo cambota que parecia mais pular do que andar. Pra piorar, ainda era vermelho que de tão desbotado tava mais pra laranja. Estacionou e numa ginástica tremenda o tio conseguiu abrir a janela, colocou a cabeça pra fora e chamou: - Entrem! Apesar da cor, do tom avermelhado, embarcamos. Já dentro, estofados de couro, desgastados, bem gastos é bem verdade, mas de couro. Tudo muito divertido. No curto trajeto até a cidade baixa, do assunto eu confesso que não lembro, mas notei que tinha alguma coisa estranha no papo. Era muito você. Você pra cá, você pra lá. Perguntei daonde que era nosso motora maluco e com a resposta tava tudo explicado. Era de Sum Paulo mano. Na hora olhei pro Rafael e disse não. Ele respondeu que sim. Ai, ai, ai. Quase me matei rindo, não me segurei e tive de perguntar sobre o tempo da viagem. O tio dele, que certo que já tinha tomando algumas, e não eram poucas, assim respondeu: - Olha, não sei muito direito, só lembro de que saí de São Paulo num domingo e cheguei domingo. E acho que não era o mesmo. Ele achava, mestre.
De volta a Poa e a minha revolta. Porque o Nunes é um maldito, o Patricio não existe. O Lucio é uma bixa e o Gavilan é um ridículo. Pára. Quanta corneta, pelamordedeus. Eu não não discordo, não mesmo. Mas só agora que foram ver isso? A bola deles em alguns jogos, os últimos pra ser mais exato, é exceção e não regra. Certo tá o tio do meu amigo que de fusca demorou uma semana pra vir de sampa a poa. Apesar da demora, ao contrário da turma da corneta, ele não reclama. Jamais cobraria do seu simpático fusquinha o desempenho de uma Ferrari. O tal fusca até pode fazer boas jornadas, mas nao pode, de jeito nenhum, ser cobrado por isso. Que cobrem das ferraris do time. Tipo o Tcheco, não?
Meses atrás, talvez anos, voltando da Hd, o Rafael magrinho, ponta direira do nosso scrach, comentou sobre a volta pra casa. Ele tava sem carro, então voltariamos de carona com seu tio. Saímos da quadra e lá tava ele esperando. Quando vi não acreditei, o cara era muito personagem. Baixinho, barrigudo, de brim e chinelo, pro Mazaroppi só faltou a pasta. Sem telha encima, cabelo nos lados, penteado ao melhor estilo José Trajano, só que de mufa maior, bem maior. Muito engraçado, uma figura. Apesar da graça, muita, seguimos. O tio dele, que infelizmente não lembro o nome disse pra esperarmos ele buscar o carro. O Rafael, com tom de ironia me largou um " só espera". Seguindo as instruções, aguardei. De repente um barulho ensurdecedor interrompe o silêncio da rua. Parecia um helicóptero e dos grandes, mas não. Quando vi, na hora pensei, tão de pegadinha, isso não existe. É filme de comédia? Cadê as câmeras, o contra regra? Aonde está o Chong. O que fizeram com o Cheech? O tio vinha num Fusca 68 todo cambota que parecia mais pular do que andar. Pra piorar, ainda era vermelho que de tão desbotado tava mais pra laranja. Estacionou e numa ginástica tremenda o tio conseguiu abrir a janela, colocou a cabeça pra fora e chamou: - Entrem! Apesar da cor, do tom avermelhado, embarcamos. Já dentro, estofados de couro, desgastados, bem gastos é bem verdade, mas de couro. Tudo muito divertido. No curto trajeto até a cidade baixa, do assunto eu confesso que não lembro, mas notei que tinha alguma coisa estranha no papo. Era muito você. Você pra cá, você pra lá. Perguntei daonde que era nosso motora maluco e com a resposta tava tudo explicado. Era de Sum Paulo mano. Na hora olhei pro Rafael e disse não. Ele respondeu que sim. Ai, ai, ai. Quase me matei rindo, não me segurei e tive de perguntar sobre o tempo da viagem. O tio dele, que certo que já tinha tomando algumas, e não eram poucas, assim respondeu: - Olha, não sei muito direito, só lembro de que saí de São Paulo num domingo e cheguei domingo. E acho que não era o mesmo. Ele achava, mestre.
De volta a Poa e a minha revolta. Porque o Nunes é um maldito, o Patricio não existe. O Lucio é uma bixa e o Gavilan é um ridículo. Pára. Quanta corneta, pelamordedeus. Eu não não discordo, não mesmo. Mas só agora que foram ver isso? A bola deles em alguns jogos, os últimos pra ser mais exato, é exceção e não regra. Certo tá o tio do meu amigo que de fusca demorou uma semana pra vir de sampa a poa. Apesar da demora, ao contrário da turma da corneta, ele não reclama. Jamais cobraria do seu simpático fusquinha o desempenho de uma Ferrari. O tal fusca até pode fazer boas jornadas, mas nao pode, de jeito nenhum, ser cobrado por isso. Que cobrem das ferraris do time. Tipo o Tcheco, não?
1 Comments:
Seria o Carlinhos o novo David (eca) Coimbra????
Postar um comentário
<< Home